O advogado Deepak Bikram Mishra, responsável por uma petição que solicitava a redução das permissões, confirmou a informação na última sexta-feira. Ele destacou que o tribunal atendeu às preocupações do público em relação às montanhas do Nepal e ao meio ambiente local.
A decisão judicial estabeleceu um limite para o número de alpinistas permitidos a escalar as montanhas e também determinou medidas para o manejo de resíduos e a preservação do ambiente natural. Mishra enfatizou que é essencial respeitar a capacidade das montanhas e definir um número máximo adequado de permissões, embora o veredito não tenha especificado esse número.
Atualmente, o Nepal emite permissões para quem solicitar e estiver disposto a pagar US$ 11 mil (R$ 55,7 mil) para escalar o Everest, a montanha mais alta do mundo, com 8.848 metros acima do nível do mar.
No ano passado, o país emitiu um recorde de 478 permissões para o Everest, o que resultou em um congestionamento de tráfego humano no topo da montanha. Esse congestionamento causou a morte de pelo menos quatro alpinistas devido à falta de oxigênio e às condições extremas.
A presidente da Associação de Montanhismo do Nepal, Nima Nuru Sherpa, destacou a importância de realizar estudos apropriados e consultas com partes interessadas para implementar tais medidas. Ela ressaltou a necessidade de tornar as montanhas mais seguras e preservar o meio ambiente.
Além disso, o Nepal passou a exigir que os alpinistas do Everest utilizem localizadores GPS para facilitar operações de busca e resgate em caso de acidentes. Essas medidas têm como objetivo melhorar a higiene, a segurança e as condições de resgate na montanha mais alta do mundo.
Para a temporada atual de escalada, o Nepal determinou que os alpinistas usem localizadores GPS mais potentes e compactos, que possam ser detectados mesmo sob grandes quantidades de neve. O Nepal está empenhado em preservar o Everest, montanha sagrada para os sherpas, e garantir a segurança e o bem-estar dos alpinistas que buscam superar esse desafio.