Após três dias de sessões a portas fechadas, os magistrados da Corte chegaram à conclusão de que a decisão do Tribunal Eleitoral de aceitar a candidatura de Mulino não fere a constituição do país. A ação de inconstitucionalidade movida por uma advogada contra a candidatura de Mulino gerou um grande suspense na reta final das eleições, que contarão com a participação de 3 milhões dos 4,4 milhões de panamenhos.
A presidente da Suprema Corte de Justiça do Panamá, María Eugenia López, justificou a decisão afirmando que ela busca proteger a democracia e a vontade soberana do povo panamenho. Por outro lado, alguns candidatos concorrentes, como Martín Torrijos, Rómulo Roux e Ricardo Lombana, convocaram os eleitores a votarem contra o que chamaram de “pacto de impunidade”.
Mulino, ex-ministro da Segurança de Martinelli, é visto como um candidato forte, com 37,6% das intenções de voto, de acordo com pesquisas recentes. Se eleito, terá desafios importantes pela frente, incluindo a crise migratória na floresta de Darién e a deterioração dos serviços básicos no país.
A decisão da Suprema Corte gerou reações diversas na população panamenha, com alguns apoiando Mulino como representante dos ideais de Martinelli, enquanto outros manifestam preocupação com a possibilidade de Martinelli governar o país “por trás das cortinas”. A eleição está marcada para domingo, com as seções eleitorais abrindo às 07h locais e fechando às 16h.
Portanto, a decisão da Suprema Corte do Panamá em relação à candidatura de José Raúl Mulino tem gerado debates intensos e incertezas sobre os rumos políticos que o país pode vir a tomar. A população aguarda ansiosa pelo desfecho das eleições, que prometem ser decisivas para o futuro do Panamá.
