De acordo com Badran, Netanyahu não está interessado em chegar a um acordo e tem feito declarações para sabotar o processo de negociação. O líder israelense anunciou sua intenção de ordenar uma invasão de Rafah, cidade no sul de Gaza, alegando que é necessário derrotar os comandos do Hamas lá para proclamar a vitória.
Por sua vez, o Hamas afirmou que está considerando de forma positiva a última proposta de cessar-fogo e a libertação dos reféns capturados por milicianos islâmicos. Representantes do grupo pretendem enviar uma delegação ao Cairo para discutir as negociações mediadas por Egito, Catar e Estados Unidos.
A situação em Gaza tem despertado preocupações da ONU e de diversos países, que temem uma catástrofe humanitária caso Israel decida invadir Rafah. Organizações como a Organização Mundial da Saúde estão alarmadas com a possibilidade de um banho de sangue e o enfraquecimento do sistema de saúde já fragilizado na região.
Enquanto isso, a guerra que eclodiu em outubro já resultou em milhares de vítimas, a maioria civis. A questão dos reféns se tornou um ponto crucial nas negociações, com o Hamas exigindo um cessar-fogo permanente e a retirada das tropas israelenses, algo que Israel rejeita.
Diante do aumento das mortes e da crise humanitária, protestos têm sido registrados em todo o mundo, com países como Colômbia e Turquia tomando medidas contra Israel. A chegada de ajuda humanitária a Gaza tem sido um tema recorrente, com a pressão internacional aumentando para que Israel atenda às demandas de cessar-fogo e alivie o sofrimento da população local.
Em meio a tantas incertezas, a esperança de um acordo de trégua persiste, mas a violência e a desconfiança entre as partes continuam a dificultar o caminho para a paz na região. Enquanto isso, a população de Gaza sofre as consequências de sete meses de conflito e espera por um desfecho que traga alívio e estabilidade para a região.
