Norad detecta quatro aeronaves russas próximas do Alasca, mas sem adentrar espaço aéreo dos EUA ou Canadá

Nessa quinta-feira (2), o Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (Norad) detectou e rastreou quatro aeronaves militares russas operando próximas ao espaço aéreo do Alasca, nos Estados Unidos. De acordo com o órgão, as aeronaves russas permaneceram na zona internacional e não adentraram o espaço aéreo soberano dos Estados Unidos ou do Canadá.

O Ministério da Defesa da Rússia informou que os bombardeiros nucleares foram escoltados por pelo menos um Su-35S e um Su-30SM durante a missão. As imagens das aeronaves podem ser vistas em um vídeo divulgado pela agência de notícias russa RIA Novosti.

Segundo a Rússia, as duas aeronaves voaram uma missão de 11 horas sobre as águas neutras do Mar de Bering, perto da costa oeste do Alasca, acompanhadas por caças Flanker armados. Em determinados trechos da rota, os bombardeiros de mísseis estratégicos foram escoltados por caças de países estrangeiros.

O Tu-95, modelo lançado em 1954, entrou em serviço dois anos depois e é utilizado nas unidades de Aviação Naval da Força Aérea russa, no Exército Aéreo da Força Aérea russa e na Força Aérea indiana. Com velocidade máxima de 650 km/h e autonomia de voo de 6.400 km, o Tu-95 realizava patrulhas de longo alcance em países que compunham a Otan e no espaço aéreo dos Estados Unidos, especialmente durante a Guerra Fria.

Em julho de 2010, dois bombardeiros Tu-95MS estabeleceram um novo recorde de duração de voo, com 40 horas em patrulha pelos três oceanos. Este tipo de missão e demonstração de poder militar são cruciais para manter a influência e presença russa nas regiões estratégicas ao redor do globo.

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