Segundo os cientistas, é apenas ligeiramente mais provável que uma criança compartilhe traços de personalidade com o pai ou a mãe do que com um completo estranho. Ou seja, as características de personalidade não são tão determinadas pela herança genética dos pais como muitos acreditam.
O estudo envolveu cerca de 2,5 mil pessoas do Estonian Biobank, uma enorme coleção de informações de saúde de voluntários. Cada participante era parente de pelo menos uma outra pessoa do estudo e relatou seus níveis de cinco traços de personalidade: abertura, conscienciosidade, extroversão, agradabilidade e neuroticismo.
Os resultados mostraram que apenas cerca de 40% dos traços de personalidade podem ser associados à herança dos pais. Apesar de ser um percentual superior à média geralmente encontrada em trabalhos de autoavaliação, ainda é considerado insuficiente para tornar pais e filhos significativamente mais semelhantes que estranhos.
De acordo com os pesquisadores, não é apenas a hereditariedade genética que influencia a personalidade, mas também os traços adquiridos pelo convívio. A pesquisa não encontrou evidências de que as experiências familiares compartilhadas tornam as pessoas mais semelhantes.
Portanto, a crença popular de que “tal pai, tal filho” não é tão precisa quando se trata de traços de personalidade. O estudo mostra que há apenas uma pequena chance de as pessoas se parecerem mais com seus pais do que com estranhos, desafiando assim conceitos tradicionais sobre herança genética e personalidade.
