O crédito rotativo é uma modalidade que dura 30 dias e é utilizada pelos consumidores quando não conseguem pagar o valor integral da fatura do cartão. Nesse caso, eles contraem um empréstimo e passam a pagar juros sobre o valor não quitado.
Mesmo com a entrada em vigor da lei que limita os juros do rotativo a 100% do valor da dívida, em janeiro, essa medida não impactou a taxa de juros pactuada no momento da concessão do crédito. Dessa forma, a taxa média de juros no crédito com recursos livres para pessoas físicas ficou em 53,4% ao ano, representando um aumento de 0,8 ponto percentual no mês.
Além do aumento no crédito do rotativo, o resultado do crédito com recursos livres para pessoas físicas foi impactado principalmente pelos aumentos nas taxas médias de crédito pessoal não consignado e do cartão de crédito parcelado.
O saldo do crédito livre para pessoas físicas cresceu 0,4% em março e 8,2% em 12 meses, destacando-se os incrementos nas carteiras de financiamento para a aquisição de veículos, crédito pessoal não consignado e consignado para beneficiários do INSS.
O endividamento das famílias registrou uma queda de 0,1 ponto percentual em fevereiro, enquanto o comprometimento de renda permaneceu estável. Nas operações com empresas, a taxa média de juros chegou a 20,9% ao ano, com quedas mensais nas modalidades de desconto de duplicatas e outros recebíveis, e de capital de giro com prazo superior a 365 dias.
O saldo das operações de crédito do Sistema Financeiro Nacional totalizou R$ 5,9 trilhões em março, com crescimento mensal de 1,2%. A inadimplência da carteira de crédito total do SFN ficou em 3,2% em março, mantendo estabilidade no mês e em 12 meses.
