Universidades Federais de Pernambuco clamam por recomposição orçamentária urgente de R$437 milhões para 2024.

Os representantes das Universidades Federais de Pernambuco expuseram, em uma coletiva realizada nesta sexta-feira (3), a situação alarmante do orçamento para o ano de 2024. Segundo eles, é necessário uma recomposição de R$ 437 milhões só em Pernambuco, valor que já está corrigido pela inflação. Em nível nacional, o aumento necessário seria de R$ 2,5 bilhões.

Durante a coletiva, o reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alfredo Gomes, destacou a importância dessa recuperação financeira para manter o excelente padrão de ensino e infraestrutura. Ele ressaltou que desde 2014 houve uma queda significativa no investimento das universidades.

Além da UFPE, estiveram presentes na coletiva os reitores das universidades federais da Rural de Pernambuco (UFRPE), do Vale do São Francisco (Univasf) e do Agreste de Pernambuco (Ufape). Todos eles enfatizaram a necessidade urgente de recomposição financeira para não comprometer a qualidade do ensino.

Os dados apresentados pelos reitores revelam que a UFPE sofreu uma diminuição de quase R$ 58 milhões em uma década, o que representa 27% do orçamento. Já a UFRPE teve uma queda de R$ 61 milhões, sendo a mais afetada. Para a Univasf, a situação é ainda mais crítica, pois a instituição não recebeu recursos para assistência estudantil neste ano.

É importante ressaltar que, apesar da grave situação financeira, os reitores afirmaram que não há possibilidade de fechamento das instituições. Eles aguardam uma decisão urgente do Ministério da Educação e do Governo Federal para a recomposição do orçamento.

Por enquanto, técnicos administrativos e professores das universidades federais estão em greve e aguardam por reajuste salarial e na carreira. Enquanto isso, os estudantes seguem sem aulas, sem perspectiva de retorno e com a incerteza sobre o futuro das instituições de ensino superior em Pernambuco.

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