Em meio a essa situação, o agricultor Elder Schropfer, morador de Porto Xavier, relatou que apesar da água ter invadido parte da cidade, o nível se estabilizou. No entanto, diversas pessoas precisaram ser desalojadas de suas residências. Schropfer ressaltou a solidariedade da comunidade local em ajudar uns aos outros nesse momento de dificuldade.
Além disso, a situação se agrava nas áreas rurais, onde comunidades inteiras estão isoladas devido às estradas bloqueadas pelas chuvas. A importação de cebola da Argentina, essencial para a economia local, também foi prejudicada. Segundo informações do Serviço Geológico do Brasil, o Rio Uruguai atingiu 10 metros acima do nível normal em Porto Xavier, mas a água já está em processo de recuo.
Infelizmente, o desastre climático causou a morte de 66 pessoas, deixou 155 feridos e 101 desaparecidos. O número de desabrigados e desalojados também é preocupante, com mais de 95 mil pessoas afetadas. A magnitude da tragédia fez com que as autoridades classificassem esse evento como o pior desastre climático da história do Rio Grande do Sul.
Diante desse cenário, o governo estadual solicitou doações de itens essenciais, como colchões, cobertores, água potável e alimentos. O governador Eduardo Leite, juntamente com representantes do Governo Federal, coordenam esforços para resgatar o maior número possível de vítimas. Até o momento, mais de 10 mil resgates já foram realizados. A solidariedade e a cooperação são fundamentais para auxiliar as comunidades afetadas a se recuperarem desse trágico episódio.
