A gravidade da situação foi evidenciada pelo número de óbitos, que ultrapassou o registrado no desastre ambiental ocorrido em setembro de 2023, quando 54 vidas foram perdidas devido à passagem de um ciclone extratropical. As autoridades locais classificam esse como o pior desastre climático da história do estado gaúcho.
As chuvas forçaram quase 100 mil pessoas a deixarem suas residências, com mais de 100 mil desalojados e cerca de 16.600 desabrigados. Dentre os 497 municípios gaúchos, 334 foram afetados pelas precipitações intensas, representando mais de dois terços das cidades do estado.
A situação de emergência também se refletiu na infraestrutura estadual, com mais de 420 mil pontos ainda sem fornecimento de energia elétrica e aproximadamente 839 mil residências (27% do total) sem acesso à água potável.
As chuvas também impactaram o tráfego nas rodovias gaúchas, com 113 trechos em 61 estradas bloqueados parcial ou totalmente. Em resposta à crise, o presidente Lula e outras autoridades desembarcaram na Base Aérea de Canoas para coordenar esforços de auxílio às vítimas.
Diante desse panorama desolador, a população mobiliza-se para prestar assistência às famílias afetadas. Colchões, roupas de cama, cobertores, água potável, ração animal e cestas básicas são alguns dos itens mais necessários para doação.
A solidariedade e o trabalho conjunto são essenciais para minimizar os impactos dessa tragédia e ajudar o Rio Grande do Sul a se recuperar dessa crise sem precedentes.