O tráfico de drogas, em especial de cocaína, tem sido um dos principais fatores desencadeadores da competição criminosa no Equador, levando a um aumento significativo da violência nas ruas e prisões. Segundo dados da UNODC, cerca de 80% dos homicídios registrados no país são atribuídos ao crime organizado, o que evidencia a gravidade da situação.
O ano de 2021 foi marcado por episódios de extrema violência nas prisões equatorianas, resultando na morte de aproximadamente 460 detentos em massacres. Além disso, a taxa de homicídios atingiu um recorde de 43 por 100 mil habitantes em 2023, um aumento expressivo em relação aos 6 registrados em 2018.
Diante desse cenário preocupante, a UNODC decidiu estabelecer um escritório em Quito com o objetivo de intensificar o suporte no combate ao narcotráfico no Equador. O país, localizado estrategicamente entre Colômbia e Peru, tornou-se uma rota importante para o envio de drogas, em especial cocaína, para a Europa e os Estados Unidos.
A chanceler equatoriana, Gabriela Sommerfeld, enfatizou a importância do plano de compromissos com a UNODC, que inclui ações como combate à corrupção nos portos, lavagem de dinheiro, segurança marítima e fluvial, e cooperação internacional. Sommerfeld destacou o papel fundamental da agência no processo de recuperação da paz no Equador.
Diante desse contexto desafiador, a UNODC surge como uma aliada estratégica na luta contra o crime organizado e o tráfico de drogas, contribuindo para a promoção da segurança e estabilidade no Equador. A agência continua desenvolvendo ações e projetos para fortalecer as estruturas de combate ao crime e garantir um ambiente mais seguro para a população equatoriana.