Chanceleres de 20 países da América discutem estratégias para crise migratória em reunião na Guatemala com destaque para Antony Blinken.

Chanceleres de cerca de 20 países das Américas se reuniram nesta terça-feira (7) na Guatemala para discutir estratégias conjuntas de enfrentamento à crise migratória. O destaque do encontro foi o chefe da diplomacia americana, Antony Blinken.

O presidente guatemalteco, Bernardo Arévalo, ressaltou que o objetivo da reunião era coordenar estratégias integradas e colaborativas para lidar com o fenômeno da imigração. O porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, afirmou que Blinken destacaria os avanços dos últimos dois anos e discutiria os próximos passos para fortalecer a gestão humana da migração. Além disso, o secretário de Estado se reuniria com autoridades latinas, incluindo Arévalo.

A crise migratória tem sido uma questão de grande pressão para o presidente americano, Joe Biden, que enfrenta críticas da oposição republicana, liderada por Donald Trump, por não agir de forma eficaz para conter o fluxo de imigrantes ilegais que entram nos Estados Unidos anualmente.

América Central e América do Sul também enfrentam desafios semelhantes, com a chegada de milhares de migrantes venezuelanos que geram problemas de segurança e demandam recursos dos governos locais para assistência. A reunião contou com a participação de chanceleres e representantes de países que assinaram a Declaração sobre Migração e Proteção em Los Angeles durante a Reunião de Cúpula das Américas de 2022.

O debate sobre medidas concretas para lidar com a crise migratória se intensificou, e especialistas apontam a necessidade de compromissos e orçamentos efetivos para enfrentar os desafios. O foco da discussão foi buscar soluções que não se limitem a barreiras físicas, como muros ou cercas, mas que abordem a questão de forma abrangente e colaborativa entre os países envolvidos.

No entanto, há ceticismo sobre os resultados práticos da conferência, com alguns analistas apontando que qualquer avanço pode ser revertido se houver mudanças políticas nos Estados Unidos, como uma possível reeleição de Trump. A necessidade de gerar oportunidades de emprego nos países de origem dos migrantes também foi destacada como parte fundamental para enfrentar o problema de forma eficaz.

Em suma, a reunião dos chanceleres das Américas na Guatemala foi um importante passo para fortalecer a cooperação regional e buscar soluções conjuntas para a crise migratória que afeta não apenas os Estados Unidos, mas toda a região latino-americana.

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