Deficiências na aplicação da PEC das Domésticas aumentam casos de trabalho escravo em residências, aponta debate na CDH do Senado.

Há mais de uma década em vigor, a PEC das Domésticas não conseguiu erradicar o trabalho escravo nas residências, conforme evidenciado por denúncias e flagrantes recentes. O tema foi discutido nesta segunda-feira (6) pela Comissão de Direitos Humanos (CDH), que buscou debater estratégias para combater essa prática abominável no âmbito do Estatuto do Trabalho em fase de elaboração no Senado.

Apesar dos avanços conquistados com a lei que garante direitos e proteção aos trabalhadores domésticos, ainda persistem situações de exploração e abuso, caracterizando uma forma moderna e repugnante de escravidão. A PEC das Domésticas, aprovada em 2013, representou um marco importante ao estender direitos como jornada de trabalho limitada, registro em carteira e pagamento de benefícios, porém sua efetividade ainda é questionada diante dos casos recorrentes de trabalho escravo doméstico.

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Durante a reunião da CDH, foram levantadas propostas para incluir no Estatuto do Trabalho medidas mais enérgicas e eficazes de combate ao trabalho escravo, especialmente no contexto das residências particulares. A fiscalização e a punição rigorosa dos empregadores que se utilizam dessas práticas foram apontadas como cruciais para acabar com essa violação dos direitos humanos.

A discussão também ressaltou a importância de conscientizar a sociedade sobre a gravidade do trabalho escravo doméstico e a necessidade de empoderar os trabalhadores para que denunciem os abusos. Além disso, a criação de campanhas educativas e aprimoramento da rede de proteção aos trabalhadores foram colocadas como estratégias essenciais para coibir essa forma de exploração.

Diante desse cenário preocupante, a CDH se comprometeu a continuar acompanhando de perto as denúncias de trabalho escravo doméstico e a trabalhar em conjunto com os órgãos competentes para garantir a efetiva aplicação das leis trabalhistas e a proteção dos direitos dos trabalhadores domésticos. A luta contra o trabalho escravo nas residências é um desafio constante que exige a união de esforços de diversos setores da sociedade em prol da justiça e humanização das relações de trabalho.

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