A morosidade no escoamento da água acumulada tem levado à enchente em bairros das zonas central, norte e sul da capital, bem como nas ilhas, onde muitos moradores continuam isolados e sem acesso a itens básicos há vários dias. Equipes de resgate, compostas por voluntários e agentes do poder público, têm se mobilizado para auxiliar essas comunidades, que muitas vezes só podem ser alcançadas por barcos improvisados.
A situação se agrava com o racionamento de água implementado em Porto Alegre, onde quatro das seis estações de tratamento encontram-se inoperantes, resultando em 70% da cidade sem abastecimento hídrico. Também há relatos de dificuldades no fornecimento de recursos essenciais, incluindo insumos em hospitais.
O nível do Lago Guaíba foi medido em 5,26 m na manhã da segunda-feira, sendo a maior enchente da história da cidade e do Estado. Os pesquisadores do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS alertam para a duração prolongada das águas elevadas e a possibilidade de repiques devido a novas chuvas ou ventos.
Além disso, a região metropolitana também tem sido impactada por precipitações na Serra e região central, uma vez que outros grandes rios estão ligados ao Guaíba. A previsão atual não indica chuvas expressivas nas próximas 24 horas, mas há alertas da Defesa Civil para possíveis inundações em cidades como Pelotas e Rio Grande.
Diante desse cenário, é essencial que medidas emergenciais sejam tomadas para proteger vidas e minimizar prejuízos nas áreas impactadas. Os cientistas recomendam ainda ações imediatas para solucionar o desabastecimento de água e estão acompanhando de perto a evolução da situação para garantir a segurança da população afetada.
