Diante desse cenário desolador, a Sociedade Brasileira de Infectologia, juntamente com a Sociedade Gaúcha de Infectologia e a Secretaria da Saúde do Estado, divulgaram uma nota técnica alertando para o aumento do risco de leptospirose. Essa doença infecciosa, causada pela bactéria Leptospira presente na urina de animais infectados, ganha terreno em ambientes alagados, como os provocados pelas enchentes.
A orientação das entidades é clara: em situações de alto risco, como é o caso atual no Rio Grande do Sul, o uso de antimicrobianos pode ser considerado, apesar de não ser uma conduta de rotina. Estudos apontam que medicamentos como doxiciclina e azitromicina podem trazer benefícios nesse contexto. A indicação é que a doxiciclina seja administrada em dose única para adultos em pós-exposição de alto risco, enquanto a azitromicina pode ser utilizada como alternativa.
É fundamental ressaltar que a profilaxia deve ser realizada somente com orientação médica, pois não garante proteção absoluta contra a leptospirose. Além disso, gestantes e lactantes devem evitar o uso de doxiciclina como medida preventiva.
Diante da gravidade da situação no Rio Grande do Sul, é imprescindível que a população siga as recomendações das autoridades de saúde para evitar a propagação da doença e proteger a vida. A união de esforços é essencial nesse momento de crise, para minimizar os impactos das enchentes e garantir a segurança e saúde da população afetada.