Analistas políticos questionam se a repentina presença digital do peruano-japonês está relacionada a uma possível campanha visando as eleições de 2026 ou se é um meio de impulsionar sua filha, Keiko Fujimori, que já tentou sem sucesso três vezes chegar ao poder. Embora uma lei no Peru proíba condenados por corrupção de se candidatarem, o Tribunal Constitucional abriu uma brecha ao considerar inconstitucionais as restrições para os que já cumpriram suas penas.
Fujimori, que foi condenado a 25 anos de prisão e cumpriu 16, foi solto em dezembro do ano passado com base em um indulto presidencial. Agora, ele se destaca nas redes sociais com seus “videomemórias”, onde tenta reescrever sua imagem, negando as acusações de assassinato e corrupção durante seu mandato. Críticos apontam que suas alegações são infundadas, já que há evidências de seu envolvimento em crimes de violações aos direitos humanos.
O ex-ditador também tenta reescrever a história em relação ao famoso resgate dos reféns na embaixada japonesa em 1997, afirmando ser o autor intelectual da operação Chavín de Huántar. No entanto, especialistas e comandantes envolvidos contestam essa versão.
Enquanto Fujimori busca reconquistar o público e exercer sua defesa nas redes sociais, ele ainda enfrenta um processo pendente pelo massacre de Pativilca em 1992. Mesmo cercado de polêmicas, o ex-ditador continua a consolidar sua presença como influencer digital, tentando angariar seguidores e consolidar sua imagem na opinião pública.