Greve geral na Argentina contra reforma trabalhista de Javier Milei gera protestos e atrasos nos transportes públicos.

ECONOMIA ARGENTINA EM CRISE: SINDICATOS DOS TRANSPORTES PÚBLICOS PROTESTAM CONTRA REFORMA TRABALHISTA DE MILEI

Nesta segunda-feira, dia 6 de maio, os sindicatos dos transportes públicos terrestres, aéreos e marítimos da Argentina realizaram um protesto em repúdio à reforma trabalhista promovida pelo governo do ultraliberal Javier Milei. Essa manifestação marcou o início de uma semana que promete ser agitada, com a greve geral convocada pelos principais sindicatos prevista para a quinta-feira, dia 9 de maio.

A cidade de Buenos Aires, capital argentina, foi fortemente impactada pelo protesto dos trabalhadores dos transportes públicos. Serviços como metrô, trem, ônibus e voos da estatal Aerolíneas Argentinas foram afetados por assembleias que resultaram em atrasos e cancelamentos. Esse cenário de disrupção nos serviços essenciais demonstra a insatisfação dos trabalhadores com as medidas implementadas pelo governo de Milei.

Além disso, ao longo dessa semana, outras manifestações estão previstas para ocorrer na capital argentina. Organizações sociais marcharão para exigir aumentos na ajuda às cozinhas populares, enquanto os principais sindicatos confirmaram a adesão à greve geral como forma de protesto contra a atual política do governo.

O plano de ajuste fiscal adotado pelo governo argentino, com a eliminação de subsídios, liberalização de preços e aumento de taxas de serviço, gerou um clima de conflito social crescente no país. Com milhares de demissões e o colapso da atividade econômica e do consumo, a população tem se mobilizado para resistir às medidas implementadas pelo governo Milei.

Diante desse contexto conturbado, o Senado argentino deve debater a reforma trabalhista proposta por Milei, que passou pela sanção da Câmara dos Deputados na semana passada. Contendo mais de 230 artigos, o projeto flexibiliza o cadastro de funcionários e prevê sanções para empresas que cometeram fraudes trabalhistas por sonegação fiscal.

Medidas como a declaração de emergência econômica e energética, incentivos a grandes investimentos e alterações na lei da aposentadoria também estão previstas nesse amplo projeto de reforma. A situação econômica adversa na Argentina tem chamado a atenção de organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional, que projeta uma queda de 2,8% do PIB argentino e uma inflação anual de 250%.

Diante desse cenário complexo, a população argentina continua mobilizada nas ruas, resistindo às políticas do governo Milei e demonstrando sua insatisfação com as reformas em curso no país. A greve geral prevista para esta semana promete ser mais um capítulo dessa intensa disputa entre governo e população na Argentina.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo