Segundo informações da Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), Nardoni deixou a prisão por volta das 17h20, após um alvará de soltura emitido pelo Poder Judiciário. Apesar disso, o Ministério Público de São Paulo afirmou que irá recorrer para que o réu permaneça mais tempo atrás das grades.
O juiz José Loureiro Sobrinho, da Vara Criminal de São José dos Campos, apontou em sua decisão que Nardoni completou o tempo exigido para progredir para o regime aberto. Mesmo diante da gravidade do crime cometido, o magistrado destacou que a ressocialização do réu não pode ser impedida, levando em consideração o bom comportamento de Nardoni e as avaliações psiquiátricas favoráveis à progressão de regime.
O advogado de Nardoni, Roberto Podval, afirmou ao Estadão que seu cliente sai da prisão “reabilitado e pronto para recomeçar sua vida”. Nardoni e sua esposa, Anna Carolina Jatobá, foram acusados e condenados pela morte de Isabella, em um crime que chocou a sociedade. Jatobá cumpriu 15 anos de sua pena e obteve progressão para o regime aberto no ano passado, enquanto Nardoni conseguiu a progressão para o regime semiaberto em 2019.
Nardoni agora deve cumprir algumas condições impostas pela lei para permanecer em liberdade, como comparecer periodicamente à Vara de Execuções Criminais, obter uma ocupação lícita em 90 dias e respeitar as restrições impostas pelo regime aberto. A decisão judicial gerou controvérsias e o debate sobre a ressocialização de condenados por crimes graves continua em pauta no Brasil. O caso de Alexandre Nardoni e Isabella permanece como um marco de tristeza e lamentação na memória dos brasileiros.