O ataque em Palma, no norte de Moçambique, foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico e provocou um número ainda desconhecido de vítimas fatais entre a população local e os subcontratados da TotalEnergies. Segundo relatos, algumas vítimas foram decapitadas durante o violento episódio.
Os denunciantes alegam que a TotalEnergies não tomou as medidas necessárias para proteger seus subcontratados e fornecer combustível para a evacuação de civis através de helicópteros após o ataque dos jihadistas. A empresa, por sua vez, nega as acusações, afirmando que mobilizou recursos para evacuar mais de 2.500 pessoas das instalações de Afungi, próximo a Palma.
Após o ataque, as autoridades de Maputo registraram trinta vítimas, no entanto, uma investigação independente aponta para um número muito maior de 1.402 civis mortos ou desaparecidos, incluindo 55 subcontratantes. O incidente levou à suspensão de um projeto de grande porte no valor de 20 bilhões de dólares.
A Justiça francesa aguarda mais informações para decidir sobre o seguimento do processo contra a TotalEnergies, envolvendo um dos episódios mais trágicos ligados a empresas multinacionais em contextos de conflitos. A gigante do petróleo enfrenta acusações graves de negligência que resultaram em consequências desastrosas para as vidas humanas envolvidas.