Segundo relatos de Érika, ela não percebeu nada de anormal no tio durante o trajeto até o banco, que durou cerca de 37 minutos. Ela chegou a pedir ajuda a um motorista de aplicativo para colocar Paulo na cadeira de rodas e adentrar na agência. As câmeras de segurança do banco mostraram Érika segurando o pescoço do tio imóvel, tentando fazer com que ele assinasse documentos.
Uma funcionária da agência, ao perceber que algo não estava certo, chamou o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), que constatou a morte de Paulo. O corpo já apresentava sinais de livores, o que indicava que a morte ocorreu há pelo menos duas horas.
Érika está agora respondendo em liberdade pelos crimes de tentativa de estelionato e vilipêndio de cadáver. Sua defesa alegou que ela tinha dependência química de hipnóticos e sofria de depressão, justificando parte de suas ações naquele dia. A Justiça aceitou a denúncia contra Érika, que terá que comparecer mensalmente ao cartório do juízo e não poderá se ausentar do estado do Rio por mais de sete dias.
O caso chocou a opinião pública e deixou diversas questões em aberto sobre as circunstâncias que levaram a essa situação trágica, com desfecho fatal para Paulo Roberto Braga. A investigação continua para esclarecer todos os detalhes desse ocorrido que envolveu uma sobrinha e seu tio numa situação de extremos, alternando entre a tentativa de obter um empréstimo e a descoberta de um corpo sem vida numa agência bancária.