A notícia pegou a população de surpresa, causando correria e engarrafamentos na cidade. A central de triagem de abrigos, que funcionava no Centro Municipal de Cultura, Arte e Lazer Lupicínio Rodrigues, teve que ser esvaziada, impactando diretamente os desabrigados que ali eram recebidos e encaminhados para outros locais.
Com a indicação de esvaziamento dos bairros, o trânsito teve que ser redirecionado, com a liberação das faixas exclusivas de ônibus para tentar reduzir os engarrafamentos. A situação é alarmante, com cerca de 9 mil pessoas já em abrigos e outras buscando refúgio em casas de amigos e parentes.
A previsão dos pesquisadores do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS é que a enchente ainda perdure por pelo menos mais 10 dias. Nesse contexto, foram divulgados mapas que apontam áreas propensas a alagamentos caso haja uma falha no sistema de combate às enchentes. Apenas 5 das 23 casas de bombas estão operando no momento, o que é insuficiente para retirar a água da zona urbana.
Os bairros Menino Deus e Cidade Baixa são os mais afetados, com a água avançando rapidamente e podendo atingir até 1,5 metros de altura acima do nível de algumas vias. A situação se agrava com a falta de energia em aproximadamente 170 mil imóveis da cidade, por questões de segurança.
Diante desse cenário, o prefeito Sebastião Melo fez um apelo à população para que mantenha a calma e destacou que os andares térreos serão os mais impactados. Ele orientou que, se possível, os moradores deixem as áreas afetadas e busquem refúgio em locais menos perigosos. O racionamento de água é uma medida em vigor, com a recomendação de consumir apenas o essencial.
