Porras, que foi alvo de sanções internacionais por suposta corrupção, desencadeou uma crise de legitimidade ao questionar a eleição do presidente em 2023. Em seu discurso no Congresso, Arévalo foi enfático ao afirmar que o ciclo de Porras deve terminar, destacando a importância de restaurar a democracia e a vontade do povo guatemalteco.
O presidente ressaltou que seu objetivo com o projeto de reforma é responsabilizar e destituir a procuradora-geral dentro dos limites da lei. No entanto, é importante ressaltar que Arévalo não possui o poder direto para remover Porras, que tem mandato até 2026. O presidente afirmou que a reforma busca restabelecer os parâmetros constitucionais para a destituição da procuradora-geral, que foram modificados em 2018 pelo Congresso.
Arévalo alertou os deputados sobre a importância de apoiar a reforma, destacando que ser contra ela seria favorecer a perpetuação da corrupção e da impunidade na Guatemala. O Congresso, composto por 160 deputados, é dominado por partidos de direita que terão um papel crucial na aprovação ou rejeição da reforma proposta pelo presidente.
As tensões entre Arévalo e Porras atingiram um novo patamar quando a procuradora apresentou um recurso ao Tribunal Constitucional, alegando possíveis ameaças à sua integridade física e à vida de membros do Ministério Público. Em meio a esse cenário conturbado, a Guatemala aguarda para ver como a situação se desdobrará e qual será o desfecho dessa batalha política em meio a acusações de corrupção e abuso de poder.