Rio Grande do Sul em estado de guerra: enchentes históricas deixam mais de 200 mil fora de casa e 85 mortos.

As chuvas que caíram sobre o Rio Grande do Sul no início de maio desencadearam as piores enchentes da história do estado. Com um volume de água sem precedentes, 385 cidades – mais da metade dos municípios gaúchos – foram afetadas, resultando em bairros inteiros submersos e na evacuação da população de áreas de risco para abrigos públicos.

De acordo com os dados mais recentes da Defesa Civil, mais de 200 mil pessoas estão fora de suas casas, sendo que 153,8 mil estão desalojadas e 47,6 mil estão abrigadas em locais públicos. Infelizmente, 134 indivíduos estão desaparecidos e um total de 85 mortes foram registradas em decorrência da tragédia, que já é considerada a pior da história do estado.

O número de afetados superou a marca de 1 milhão de pessoas, de acordo com o último balanço divulgado na segunda-feira, 6 de maio. A previsão é de continuidade nas enchentes, com a capital Porto Alegre enfrentando níveis de água acima de 4 metros no rio Guaíba por pelo menos mais 10 dias.

Mas o que causou tanta destruição? Os temporais da última semana foram tão severos devido à presença de uma massa de ar fria que se estacionou sobre o estado, bloqueando a passagem de ar quente e causando intensa instabilidade. Esta situação desencadeou chuvas intensas e constantes, afetando regiões como a Serra e os Campos de Cima da Serra, onde grandes rios como Taquari e Caí tiveram cheias históricas.

O estado do Rio Grande do Sul foi impactado de forma significativa, com a região metropolitana, cidades turísticas e áreas rurais sendo duramente afetadas. Até o Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre teve que suspender os voos devido às inundações. A situação exige reconstrução e solidariedade, com o governo estadual e federal se mobilizando para auxiliar as vítimas e iniciar o processo de recuperação.

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