Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, está enfrentando as piores enchentes de sua história após as chuvas torrenciais que causaram a morte de dezenas de pessoas, deixaram centenas de desabrigados e mantêm quase 130 mil desalojados na região. As ruas estão transformadas em rios, e a cidade está vivendo momentos de caos e destruição.
O cenário de desespero é visível nas ruas alagadas de Porto Alegre, onde barcos, lanchas, jet-skis e pequenas embarcações a remo tentam resgatar os moradores que se recusam a deixar suas casas inundadas. O policial militar Dionis Bellettini, de Santa Catarina, atua como voluntário nessa operação de resgate, enfrentando o medo e a resistência de algumas pessoas que se recusam a abandonar suas casas.
Em meio a esse cenário de caos, Lorena e sua família permanecem firmes, compartilhando o pouco que lhes resta na calçada inundada. A experiência traumática de ver sua casa sendo engolida pela água deixou marcas profundas em Lorena, que descreveu a situação como “ver a morte na sua frente”. Suas lágrimas refletem a dor e o cansaço de uma batalha contra a natureza impiedosa.
As inundações na região já causaram 83 mortes e deixaram 111 pessoas desaparecidas. A população enfrenta uma situação de emergência sem precedentes, enquanto o governo tenta coordenar os esforços de resgate e reconstrução. A solidariedade entre os moradores é visível, com vizinhos se ajudando mutuamente na difícil tarefa de resgatar vidas e reconstruir um lar.
Enquanto Porto Alegre tenta se reerguer após essa devastação, o futuro permanece incerto e desafiador. A reconstrução da cidade exigirá recursos, esforços e solidariedade de todos os seus habitantes. Lorena e sua família são apenas um exemplo das muitas vítimas desse desastre que agora enfrentam a árdua tarefa de recomeçar suas vidas do zero.