Tragédia em Porto Alegre: mulher de 74 anos relata experiência de quase morte durante enchente histórica no Rio Grande do Sul.

Aos 74 anos, Lorena Martins foi confrontada com uma tragédia monumental. Na segunda-feira (6), ela deixou sua casa em Porto Alegre, que estava debaixo d’água, e perdeu quase tudo, exceto “a família e Deus”. Essas foram as palavras da própria Lorena, que foi resgatada de sua residência inundada com a ajuda de um bote dos bombeiros, acompanhada por seu genro Elisandro Silva.

Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, está enfrentando as piores enchentes de sua história após as chuvas torrenciais que causaram a morte de dezenas de pessoas, deixaram centenas de desabrigados e mantêm quase 130 mil desalojados na região. As ruas estão transformadas em rios, e a cidade está vivendo momentos de caos e destruição.

O cenário de desespero é visível nas ruas alagadas de Porto Alegre, onde barcos, lanchas, jet-skis e pequenas embarcações a remo tentam resgatar os moradores que se recusam a deixar suas casas inundadas. O policial militar Dionis Bellettini, de Santa Catarina, atua como voluntário nessa operação de resgate, enfrentando o medo e a resistência de algumas pessoas que se recusam a abandonar suas casas.

Em meio a esse cenário de caos, Lorena e sua família permanecem firmes, compartilhando o pouco que lhes resta na calçada inundada. A experiência traumática de ver sua casa sendo engolida pela água deixou marcas profundas em Lorena, que descreveu a situação como “ver a morte na sua frente”. Suas lágrimas refletem a dor e o cansaço de uma batalha contra a natureza impiedosa.

As inundações na região já causaram 83 mortes e deixaram 111 pessoas desaparecidas. A população enfrenta uma situação de emergência sem precedentes, enquanto o governo tenta coordenar os esforços de resgate e reconstrução. A solidariedade entre os moradores é visível, com vizinhos se ajudando mutuamente na difícil tarefa de resgatar vidas e reconstruir um lar.

Enquanto Porto Alegre tenta se reerguer após essa devastação, o futuro permanece incerto e desafiador. A reconstrução da cidade exigirá recursos, esforços e solidariedade de todos os seus habitantes. Lorena e sua família são apenas um exemplo das muitas vítimas desse desastre que agora enfrentam a árdua tarefa de recomeçar suas vidas do zero.

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