A universidade afirmou que deseja oferecer aos seus alunos a celebração que eles merecem, mesmo em meio aos tumultos provocados pelos protestos. As manifestações contra a guerra em Gaza abalaram os campi universitários nos Estados Unidos, resultando em medidas drásticas, prisões em massa e até mesmo intervenção da Casa Branca para restabelecer a ordem.
Na semana anterior ao cancelamento da cerimônia de formatura, a polícia entrou no campus da Universidade de Columbia para expulsar um grupo de estudantes que ocupava um edifício e desmantelar um acampamento nos jardins da instituição. Com isso, as autoridades da universidade optaram por organizar cerimônias para cada uma das 19 faculdades em um remoto complexo esportivo no extremo norte de Manhattan.
A decisão de cancelar a cerimônia de formatura causou um impacto significativo entre os alunos, principalmente para a chamada “geração covid”, que vinha ansiando por uma volta à normalidade com a realização de aulas presenciais. Muitos estudantes expressaram sua indignação com a mudança da celebração para um local de difícil acesso, causando transtornos para aqueles que já haviam se programado para o evento.
Os protestos nos campi universitários dos Estados Unidos também resultaram em manifestações interrompendo uma cerimônia de formatura na Universidade de Michigan. Os atos visavam pressionar as universidades a “desinvestir” em ativos relacionados a Israel e em empresas que se beneficiam da guerra. A resposta das autoridades universitárias e policiais às manifestações pacíficas gerou críticas de associações de professores, que defendem a importância da livre manifestação e da liberdade de expressão nos ambientes acadêmicos.
Com o cancelamento da cerimônia de formatura da Universidade de Columbia devido aos protestos contra a guerra em Gaza, a comunidade acadêmica enfrenta desafios para conciliar o direito à manifestação com a realização de eventos importantes para os estudantes. A universidade tenta garantir a segurança e o bom funcionamento das cerimônias menores planejadas, enquanto os estudantes buscam adaptar-se a mais uma mudança causada pela situação política internacional.
