A elevação do Rio Guaíba para 5,9 metros levou o setor de preservação de patrimônio da cidade a entrar em estado de alerta. Uma força tarefa da Secretaria de Estado da Cultura foi acionada para proteger os acervos de quatro espaços sob sua gestão, tomando medidas para remanejar obras e documentos para locais mais seguros.
No entanto, apesar dos esforços, os prédios da Casa de Cultura Mario Quintana, Museu da Comunicação Hipólito José da Costa e Margs foram invadidos pela água e agora necessitarão de restauração. A Secretária de Cultura Beatriz Araújo confirmou que os acervos estão preservados, mas as estruturas dos prédios foram prejudicadas pelas enchentes.
O diretor do Margs, Francisco Dalcol, destacou a dificuldade e a importância da operação de remover as obras de arte para regiões seguras e ressaltou o trabalho da força-tarefa emergencial. Beatriz Araújo ressaltou que será necessário reformar várias partes dos prédios, incluindo a estrutura sanitária, logística, sistema elétrico, entre outros.
Alguns estabelecimentos comerciais ligados às instituições culturais, como a livraria Taverna, também foram afetados pelas enchentes. O sócio da livraria, Ederson Lopes, relatou os danos sofridos pelo acervo e mobiliário devido à inundação.
Apesar dos transtornos causados pelas enchentes, a mobilização e preservação dos acervos culturais de Porto Alegre demonstram o compromisso das autoridades locais em proteger o patrimônio histórico e artístico da cidade. A reconstrução dos prédios e a recuperação dos danos ainda são desafios a serem enfrentados, mas a solidariedade e oferta de ajuda por parte de ONGs internacionais mostram que Porto Alegre não está sozinha nesse momento difícil.
