Alta na Cesta Básica: 10 capitais brasileiras registram aumento de preço em abril, aponta estudo do Dieese.

No mês de abril, foi registrado um aumento significativo no custo da cesta básica em 10 das 17 capitais brasileiras analisadas pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Esse aumento foi mais pronunciado nas capitais nordestinas, com destaque para Fortaleza, que apresentou a maior alta no período, atingindo 7,76%. João Pessoa, Aracaju, Natal, Recife e Salvador também registraram elevações expressivas nos preços dos alimentos básicos.

Por outro lado, algumas capitais apresentaram quedas nos preços da cesta básica, como Brasília, Rio de Janeiro e Florianópolis. No entanto, a cesta mais cara do país foi observada em São Paulo, onde o conjunto dos alimentos básicos custava em média R$ 822,24, seguida pelo Rio de Janeiro, com R$ 801,15.

Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta básica é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju, João Pessoa e Recife. Essa disparidade nos preços reflete as diferenças regionais e a complexidade do panorama econômico brasileiro.

Com base no custo da cesta mais cara do país, o Dieese fez um cálculo para estimar o salário-mínimo ideal necessário para suprir as despesas de um trabalhador e de sua família. A conclusão foi que o salário mínimo deveria ser de R$ 6.912,69 em abril, quase cinco vezes o seu valor atual de R$ 1.412,00. Esse dado evidencia a defasagem entre o salário mínimo vigente e a realidade dos preços dos itens básicos de alimentação no país.

Diante desse cenário, a população fica cada vez mais pressionada financeiramente, enfrentando dificuldades para garantir o sustento básico. O aumento nos preços dos alimentos reflete não apenas a inflação, mas também a crise econômica e a desigualdade social que ainda persiste no Brasil. Medidas urgentes devem ser tomadas para garantir que as famílias mais vulneráveis não sejam deixadas à margem desse contexto econômico desafiador.

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