O contexto que possibilitou essa importante ação solidária teve início com a avaliação médica e o trabalho da Central de Transplantes de Pernambuco. A equipe médica realizou os protocolos necessários para constatar a morte encefálica da doadora, uma paciente acompanhada devido a um câncer intracraniano de base cerebral benigno. O processo de doação envolveu a sensibilização da família, conforme estabelece a Lei dos Transplantes, que prevê a necessidade do consentimento familiar para que a doação ocorra.
Segundo a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco, Melissa Moura, o ato de doar órgãos é crucial para a vida de diversas pessoas que aguardam na fila de transplantes. Ela enfatiza a importância de o cidadão manifestar em vida o desejo de ser um doador, para que a família possa respeitar essa decisão e promover um gesto de altruísmo e generosidade.
No âmbito dos transplantes em Pernambuco, os números mostram o impacto positivo desse tipo de ação. No primeiro trimestre deste ano, 343 órgãos e tecidos foram doados no estado, com destaque para as córneas (158) seguido de medula óssea (74), rim (73) e fígado (26). Atualmente, 3.360 pessoas aguardam por um órgão ou tecido em Pernambuco, sendo o rim o órgão mais demandado, com 1.756 pessoas na lista de espera, seguido das córneas (1.380) e do fígado (150).
Em 2023, foram realizados 1.531 transplantes em Pernambuco, representando um aumento de 11,3% em relação ao ano anterior. Esse crescimento evidencia a importância dos programas de doação de órgãos e o impacto positivo que eles têm na vida de quem aguarda por um transplante. O Hospital de Câncer de Pernambuco é destacado como referência na captação de córneas no estado e essa ação de doação múltipla de órgãos é um marco na instituição, evidenciando a importância do trabalho em parceria entre o CIHDOTT e a Central de Transplantes de Pernambuco.