No último sábado, a vazão das cataratas atingiu a marca de 8,3 milhões de litros por segundo, o que representa cerca de cinco vezes a média diária que é de 1,5 milhão de litros por segundo. Já nesta segunda-feira, a vazão diminuiu para 4,5 milhões de litros por segundo, ainda assim, três vezes acima da média diária.
Apesar dessas variações na vazão, a administração do Parque Nacional do Iguaçu garante que o funcionamento do espaço segue normalmente, com todas as atrações liberadas para os visitantes, incluindo passarelas, trilhas e mirantes.
Enquanto as Cataratas do Iguaçu lidam com o aumento da vazão, no estado do Rio Grande do Sul as chuvas têm causado as maiores enchentes da história. Mais de 200 mil pessoas estão desabrigadas, sendo 153,8 mil desalojadas e 47,6 mil em abrigos públicos. Tragédia que resultou na morte de 85 pessoas e deixou 134 desaparecidas até o momento.
As imagens da capital Porto Alegre mostram a gravidade da situação, com o rio Guaíba ultrapassando os cinco metros pela primeira vez, alagando o Centro Histórico da cidade e forçando o aeroporto Salgado Filho a suspender os voos. O racionamento de água também foi adotado na cidade devido a problemas no sistema de tratamento.
A previsão é de que as enchentes se estendam por pelo menos mais 10 dias na capital gaúcha, com o nível do Guaíba acima dos 4 metros. Diante disso, o escoamento da água deve ser mais lento, colocando à prova o sistema antienchente da cidade. A situação demanda atenção e cuidado por parte das autoridades e da população.
