Segundo o ministro, as enchentes causaram perdas significativas na lavoura, nos armazéns alagados e dificultaram a logística de escoamento do produto devido às rodovias interditadas. Como resultado, poderia haver um desabastecimento que elevaria os preços no comércio. Para evitar esse cenário, a Conab irá adquirir 1 milhão de toneladas de arroz empacotado. Essa ação será viabilizada por meio da abertura de crédito extraordinário e autorizada por uma medida provisória que aguarda aprovação do Congresso Nacional.
O ministro explicou que a Conab não irá concorrer no mercado, mas sim agir para evitar o desabastecimento e a especulação de preços. A primeira etapa do leilão será para a importação de 200 mil toneladas de arroz dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia. O restante será importado de acordo com a avaliação de mercado, podendo ser ampliado se necessário.
Além disso, Fávaro destacou que a Conab deve revender o arroz diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, para não prejudicar a relação dos produtores brasileiros com os atacadistas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia alertado sobre a possibilidade de importação de arroz e feijão, mas o ministro assegurou que apenas a importação de arroz será necessária neste momento.
O governo também está avaliando a prorrogação imediata, por 90 dias, de todos os débitos do setor agrícola no Rio Grande do Sul, a pedido dos produtores. Essa medida precisa ser aprovada pelo Conselho Monetário Nacional e visa ajudar os agricultores afetados pelas enchentes. A situação do mercado de arroz no Brasil está em constante evolução e medidas emergenciais estão sendo tomadas para garantir o abastecimento e estabilizar os preços.