Na capital Porto Alegre, o Departamento Municipal de Água e Esgotos (DMAE) informou que apenas duas das seis estações de tratamento de água estão em funcionamento. Diante desse cenário preocupante, é importante seguir as orientações da Biblioteca Virtual em Saúde, vinculada ao Ministério da Saúde, para garantir o consumo seguro de água durante períodos de enchentes.
Uma das recomendações é verificar se a água não teve contato com esgoto ou com a inundação, pois, nesses casos, ela não deve ser utilizada de forma alguma. O professor Eduardo Torres, especialista em parasitologia da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), alerta para os riscos de consumir água contaminada, que pode levar a quadros graves de desidratação e diarreia.
Para tratar a água, é essencial filtrá-la com filtro doméstico, coador de papel ou pano limpo, e em seguida fervê-la para eliminar microorganismos causadores de doenças. Em situações em que não é possível ferver a água, a cloração com hipoclorito de sódio na concentração adequada é uma alternativa viável. A não observância desses cuidados pode resultar em doenças como cólera, febre tifoide, giardíase e hepatite A, entre outras.
Além disso, é importante descartar frutas, verduras e legumes que entraram em contato com a água contaminada, seguindo orientações específicas de higienização antes do consumo.
Diante desse cenário de crise hídrica no Rio Grande do Sul, é fundamental que a população esteja atenta às recomendações das autoridades de saúde para garantir a segurança alimentar e a prevenção de doenças associadas à água insalubre. A conscientização e a adoção de medidas preventivas são essenciais para enfrentar os desafios decorrentes das enchentes e suas consequências para a saúde pública.
