Gabriela, de 27 anos, segura nos braços o pequeno Ravi, de um ano, enquanto aguardam na fila para pegar água em uma das poucas torneiras disponíveis no bairro Jardim Aparecida. Com mais três crianças em casa, de 3, 7 e 10 anos, a preocupação em garantir o acesso à água potável é constante para essa família.
Thiago Oliveira, pedreiro de 28 anos, carrega uma bolsa com 10 garrafas de água de três litros, lutando para garantir o fornecimento básico para sua família em meio ao corte de abastecimento causado pelas enchentes na região. A solidariedade entre os moradores é evidente, com estabelecimentos como o supermercado “Nosso Super” permitindo o acesso ao poço artesiano para ajudar os vizinhos.
Com a incerteza sobre a normalização do serviço de abastecimento de água, as famílias enfrentam desafios diários para garantir esse recurso essencial. A situação se agrava com a falta de previsão de normalização, diante do colapso nas centrais de abastecimento que atendem milhões de pessoas na região metropolitana.
A solidariedade se torna vital nesse cenário desolador, com relatos de moradores como Elizabeth, de 67 anos, e Benildo Carvalho, de 48 anos, que compartilham água de poços próprios com seus vizinhos necessitados. A escassez de água transforma as ruas de Alvorada em um cenário de sofrimento e urgência, com a população se mobilizando para garantir a sobrevivência em meio a esta crise.
A falta de água potável se torna mais do que uma questão de abastecimento, e sim um desafio à sobrevivência e à solidariedade humana. Enquanto as autoridades buscam soluções para normalizar o serviço de abastecimento, a comunidade se une para enfrentar os desafios diários e garantir que a água, elemento essencial à vida, não falte para aqueles que mais precisam.