Estudo da Universidade de Yale revela diferenças entre homens e mulheres no desejo por álcool após situações estressantes.

Um novo estudo realizado pela Universidade de Yale, nos Estados Unidos, revelou que o consumo excessivo de álcool e o desejo relacionado a bebidas alcoólicas variam entre homens e mulheres. As descobertas, publicadas na revista científica American Journal of Psychiatry, destacam a diferença nos mecanismos cerebrais que alimentam o vício em álcool de acordo com o gênero.

A pesquisa contou com a participação de 77 adultos em tratamento para transtorno por uso de álcool, sendo 46 homens e 31 mulheres. Durante o experimento, os participantes foram expostos a imagens estressantes relacionadas ao álcool ou neutras, enquanto seu nível de estresse e desejo por álcool eram avaliados por meio de ressonância magnética funcional.

Segundo a professora de psiquiatria Rajita Sinha, uma das autoras do estudo, as mulheres relataram níveis mais elevados de estresse após visualizarem imagens estressantes, em comparação com os homens. Além disso, as imagens de álcool desencadearam um desejo mais intenso nos homens do que nas mulheres. Surpreendentemente, tanto as imagens estressantes quanto as de álcool despertaram uma quantidade semelhante de desejo por álcool nas mulheres.

Ao analisar as funções cerebrais dos participantes, os pesquisadores observaram diferenças significativas nos circuitos cerebrais associados à emoção, recompensa, regulação do estresse e controle de impulsos entre homens e mulheres. Essas descobertas têm o potencial de contribuir para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes para o alcoolismo, considerando as nuances de gênero apresentadas no estudo.

Além disso, os resultados revelaram que, embora não houvesse diferenças na frequência de consumo excessivo de álcool entre homens e mulheres, as regiões cerebrais correlacionadas com o consumo excessivo futuro de álcool diferiam entre os dois grupos. Essa informação pode ser crucial para o desenvolvimento de intervenções personalizadas e mais eficazes no combate ao alcoolismo.

Portanto, esta pesquisa destaca a importância de considerar as diferenças de gênero no vício em álcool e suas implicações no desenvolvimento de tratamentos mais assertivos para indivíduos com transtorno por uso de álcool.

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