Um tema que intriga os médicos, em especial os urologistas, é a relação entre a frequência da ejaculação e o desenvolvimento do câncer de próstata. Um estudo realizado pela Universidade de Harvard, que acompanhou mais de 31 mil homens ao longo de 18 anos, revelou uma interessante descoberta. Homens que ejaculavam 21 ou mais vezes por mês tinham um risco 31% menor de desenvolver câncer de próstata em comparação com aqueles que relatavam de quatro a sete ejaculações mensais.
Este fenômeno pode estar ligado ao fato de que a ejaculação ajuda a eliminar toxinas e cristais que podem se acumular na próstata, potencialmente causando tumores. Além disso, melhora o fluxo de sêmen na região, reduzindo a inflamação, um fator de risco conhecido para o desenvolvimento do câncer próstata.
Outro estudo realizado na Austrália também encontrou uma associação entre a frequência da ejaculação e a incidência da doença. Homens que ejaculavam com mais frequência tinham uma probabilidade menor de serem diagnosticados com câncer de próstata antes dos 70 anos em comparação com aqueles que tinham uma frequência menor.
No entanto, é importante ressaltar que os especialistas têm opiniões divergentes sobre essa associação. Alguns acreditam que a frequência da ejaculação está ligada a um estilo de vida saudável, enquanto outros ressaltam que os estudos apresentam resultados variados e não conclusivos. A falta de padronização nos métodos de estudo pode obscurecer o cenário.
Portanto, embora haja indícios de que a ejaculação frequente possa estar relacionada à redução do risco de câncer de próstata, é fundamental considerar outros fatores de estilo de vida. Manter-se saudável, praticar exercícios físicos, adotar uma alimentação balanceada e evitar vícios como fumo e álcool são medidas importantes para prevenir não apenas o câncer de próstata, mas também diversas outras doenças. A consulta regular ao médico e a realização de exames preventivos também são essenciais para um diagnóstico precoce e um tratamento eficaz.
