A sentença estabelece 15 anos de prisão por atentar contra a lei de segurança do Estado, somados a cinco anos por furto e mais três por atentado contra a autoridade. O promotor do caso, Roberto Garrido, destacou a importância da sentença como um precedente relevante na perseguição às organizações criminosas atuantes na macrozona sul.
Llaitul, de 56 anos, passou quase dois anos detido em uma prisão em Concepción, no sul do Chile. Ele foi condenado por incitação à violência, usurpações violentas, furto simples e ataque à autoridade. Fundador e dirigente máximo da Coordenação Arauco Malleco (CAM), considerada pelas autoridades como uma organização criminosa, Llaitul já havia sido considerado culpado pelos crimes em um julgamento anterior.
A CAM iniciou uma campanha contra as empresas florestais na década de 1990 através de sabotagens, incêndios de máquinas e casas, ocupações de propriedades privadas e confrontos com a polícia, concentrados nas áreas originárias dos mapuche: Biobío, La Araucanía e Los Lagos, entre 500 e 900 km ao sul de Santiago.
Apesar da condenação de Llaitul, as autoridades ainda não conseguiram identificar os responsáveis pelo ataque que resultou na morte de três policiais carbonizados em uma área mapuche. Antes do anúncio da sentença, o alerta de segurança na região de La Araucanía foi redobrado, visto que a região está militarizada há dois anos.
Portanto, a condenação de Héctor Llaitul representa um passo importante na punição de crimes cometidos por organizações criminosas envolvidas em atos de violência e reivindicações territoriais. A decisão da Justiça chilena destaca a necessidade de combater essas ações ilegais que colocam em risco a segurança e a ordem pública no país.