O cenário escolhido para esse encontro foi o Col du Tormalet, uma mítica passagem do Tour de France, a 2.115 metros de altitude. Os casais presidenciais foram recebidos por mulheres com trajes típicos que dançavam ao ritmo de uma flauta e um acordeão, enquanto nevava.
Macron, em um gesto de cordialidade, presenteou Xi com vários itens locais, como mantas de lã dos Pirineus, uma garrafa de Armagnac, boinas e uma camiseta amarela do Tour. O líder francês aproveitou para convidar corredores chineses para participarem do Tour de France, ressaltando o interesse mútuo pelo esporte.
Além disso, Macron e Xi discutiram sobre questões comerciais, com o francês pedindo por um marco de concorrência leal entre a China e a União Europeia. Enquanto isso, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, alertou sobre a necessidade de proteger a economia europeia de práticas desleais, como a chegada de carros elétricos chineses altamente subsidiados.
Em relação à Ucrânia, Xi se mostrou mais conciliador, reafirmando seu apoio a uma solução política e a uma “trégua olímpica” durante os Jogos em Paris. Porém, Paris espera que Pequim pressione Moscou, principal aliado da Rússia, a colaborar para o fim da guerra na Ucrânia.
A visita dos líderes ao Col du Tormalet foi vista como uma tentativa de Macron de seduzir Xi Jinping por meio de relações pessoais e a criação de um ambiente amigável e descontraído para discutir questões delicadas. No entanto, especialistas alertam que o líder chinês não é sentimental, o que pode tornar a abordagem de Macron mais desafiadora.
Neste contexto, a viagem dos presidentes Macron e Xi às montanhas do sul da França representa um esforço diplomático para fortalecer o diálogo e as relações entre ambos os países, em meio a tensões e desafios geopolíticos globais.
