As informações falsas veiculadas apontavam que o Governo Federal não estaria prestando auxílio à população afetada, alegando falta de agilidade da Força Aérea Brasileira (FAB) e supostas ações de impedimento por parte do Exército e da Polícia Rodoviária Federal (PRF). O ministro salientou a preocupação em relação à credibilidade das instituições envolvidas no processo de resposta a emergências, como o Exército, FAB, PRF e ministérios, ressaltando que a propagação de falsidades pode comprometer a confiança da população nas capacidades de resposta do Estado, prejudicando as operações de evacuação e resgate.
Dentre as postagens que viralizaram nas redes sociais, o ministro mencionou um vídeo publicado por um influenciador contendo desinformações a respeito da atuação do poder público diante dos desastres no Rio Grande do Sul. Além disso, o mesmo conteúdo falso foi compartilhado por autoridades como o senador Cleitinho Azevedo e o deputado federal Eduardo Bolsonaro. Diante dessa situação, Paulo Pimenta solicitou a apuração dos ilícitos relacionados à disseminação de desinformação e a identificação das pessoas envolvidas.
Em uma entrevista concedida no Palácio do Planalto, o ministro expressou sua indignação com o impacto das notícias falsas no trabalho de resgate, destacando o esforço das equipes que têm se dedicado incansavelmente para salvar vidas. Para combater a disseminação de informações falsas, Pimenta afirmou que o governo federal deve enviar mais agentes da Força Nacional de Segurança para reforçar a segurança no estado, atendendo à demanda dos prefeitos da região metropolitana de Porto Alegre. A situação de emergência provocada pelas enchentes requer uma atuação conjunta e eficaz para garantir a segurança e bem-estar da população afetada.
No total, cerca de 50 mil pessoas estão abrigadas em centenas de abrigos no estado, enfrentando dificuldades como falta de água e alimentação adequada. O ministro enfatizou a necessidade de manter os abrigos por um longo período e ressaltou que o trabalho de resgate e recuperação continuará. Em relação ao nível do Rio Guaíba, que atingiu 5,26 metros, Pimenta alertou que a situação pode levar de dois a três meses para normalizar. Diante do cenário de crise, é crucial que ações efetivas sejam tomadas para garantir a segurança e o apoio necessários à população atingida pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
