Procuradora-geral da Guatemala se recusa a renunciar e acusa presidente de “mentir” em discurso anticorrupção, gerando polêmica no país

A procuradora-geral da Guatemala, Consuelo Porras, está no centro de uma controvérsia política que envolve o presidente Bernardo Arévalo. Mesmo diante dos esforços do mandatário para removê-la do cargo, Porras fez questão de afirmar que não pretende renunciar, e acusou Arévalo de mentir em seu discurso de luta anticorrupção.

Em uma mensagem transmitida pelas redes sociais para dezenas de procuradores, Porras classificou as ações do presidente como “espúrias, maliciosas e antidemocráticas”. Ela ainda desafiou Arévalo a se dedicar à governança e parar de culpar o Ministério Público pelos problemas do país.

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A relação entre a procuradora-geral e o presidente da Guatemala ficou ainda mais tensa quando Arévalo entregou pessoalmente ao Congresso um projeto de reforma para facilitar a remoção de Porras do cargo, uma vez que ele não possui poderes legais para fazê-lo. Porras afirmou que continuará sendo um “obstáculo para todos aqueles que atentam contra a democracia”, reforçando sua decisão de concluir seu mandato, que vai até 2026.

A procuradora, que enfrenta sanções dos Estados Unidos e da União Europeia por alegações de corrupção, colocou em xeque a transição presidencial ao tomar medidas judiciais contra a eleição de Arévalo e seu partido Semilla em 2023. Ela destacou que o partido de Arévalo está sob investigação por supostas irregularidades em sua constituição em 2017.

Apesar das expectativas em relação à sua renúncia, Porras reafirmou sua determinação em permanecer no cargo e enfrentar qualquer tentativa de removê-la. A controvérsia entre a procuradora-geral e o presidente da Guatemala promete continuar a gerar repercussões no cenário político do país.

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