O Polo Obrero e o Sindicato dos Trabalhadores da Economia Popular estiveram entre os grupos de esquerda que bloquearam as estradas que conectam a capital a cidades vizinhas, enfrentando a forte presença policial. Eles reivindicavam mais alimentos para os refeitórios sociais, os quais atendem famílias carentes e são administrados por organizações sociais.
Esses protestos surgem após a aprovação na Câmara dos Deputados de dois projetos de reformas econômicas, estaduais e tributárias que visam desmantelar regulamentações antigas. Essas propostas estão sendo discutidas nas comissões do Senado, onde o partido governista enfrenta desvantagens, assim como na Câmara.
A central sindical do país convocou uma greve geral em resposta às medidas do governo. Essa não é a primeira vez que protestos surgem contra o presidente Milei, que assumiu o cargo há pouco mais de um mês e já enfrenta resistência de setores peronistas e de esquerda.
A oposição se manifesta contra propostas como o aumento do período probatório nas empresas, a eliminação de multas a empregadores que não registram funcionários e a criação de um fundo de indenização voluntária. Além disso, discordam da volta da tributação de salários acima de determinado valor e de isenções fiscais para empresas que realizam investimentos.
Esses embates políticos e sociais refletem um cenário de conflito e tensão na Argentina, que deve continuar à medida que as reformas propostas pelo governo avançam pelo Congresso. Os próximos dias serão decisivos para a população argentina e para o futuro político e econômico do país.