Alerta da Sociedade Brasileira de Infectologia sobre a Leptospirose em meio a enchentes no RS desperta preocupação e procura por antibióticos.

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) emitiu um alerta preocupante nesta terça-feira (7) relacionado aos casos de alto risco para os quais é recomendado o tratamento preventivo com antibióticos contra a leptospirose, em meio às fortes chuvas que têm provocado enchentes no estado do Rio Grande do Sul.

De acordo com a entidade, o tratamento profilático com antibióticos é indicado para os seguintes perfis:

– Equipes de socorristas de resgate;
– Voluntários expostos por um longo período à água da enchente;
– Pessoas que ficaram submersas (com a cabeça embaixo da água e quase se afogaram);
– Indivíduos que ingeriram água potencialmente contaminada;
– Pessoas com ferimentos ou lacerações que se expuseram à enchente.

A Sociedade Gaúcha de Infectologia, representada pelo presidente Alessandro Pasqualotto, esclareceu em entrevista ao GLOBO que houve um aumento significativo na procura por prescrições de antibióticos nas redes sociais por parte da população gaúcha e de diversos médicos que estavam oferecendo suas receitas para o tratamento preventivo da leptospirose.

O infectologista ressaltou que o tratamento profilático não é recomendado para todas as pessoas que tiveram contato com a água, mas sim para os casos de alto risco especificados pela entidade.

Além disso, o comunicado da SBI menciona outros riscos de infecção presentes nas áreas inundadas e destaca a importância de utilizar botas, luvas de borracha e calças para proteção contra possíveis contaminações.

Por outro lado, o Ministério da Saúde afirmou em nota que a profilaxia com antibióticos deve ser prescrita somente para indivíduos com febre e dores musculares que tenham tido contato com água ou lama das inundações nos últimos 30 dias antes do início dos sintomas.

A leptospirose é uma doença infecciosa transmitida pela bactéria Leptospira presente na urina de ratos infectados. Os sinais e sintomas podem surgir de 1 a 30 dias após a exposição de risco, sendo os primeiros indícios febre, dor de cabeça, dor muscular, falta de apetite e náuseas/vômitos.

Nos casos mais graves, a doença pode evoluir para a síndrome de Weil, que se manifesta com tonalidade alaranjada intensa na pele, insuficiência renal e hemorragias, sendo a pulmonar a mais comum.

Diante desse cenário, a população deve estar atenta aos sintomas, procurar ajuda médica em caso de suspeita e adotar medidas preventivas para evitar a contaminação pela leptospirose durante o período de inundações.

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