Brasileiros deixam de sacar R$ 8,02 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro, revela Banco Central em nova atualização.

De acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC) nesta quarta-feira (8), os brasileiros ainda não sacaram um total de R$ 8,02 bilhões em recursos esquecidos no sistema financeiro até o final de março. A devolução desses valores é realizada por meio do Sistema de Valores a Receber (SVR), que já disponibilizou R$ 6,54 bilhões para resgate, de um total de R$ 14,56 bilhões disponíveis pelas instituições financeiras.

Até o final de março, um total de 19.842.315 correntistas já haviam resgatado os valores, o que representa apenas 31,1% do total de 63.800.451 correntistas incluídos na lista desde o início do programa em fevereiro de 2022. A maioria dos beneficiários que ainda não realizaram o saque são pessoas físicas, somando 40.746.526, enquanto 3.211.610 são pessoas jurídicas.

Os valores a receber mais comuns estão na faixa de até R$10, representando 63,54% dos beneficiários, seguidos por valores entre R$10,01 e R$100, que correspondem a 24,95% dos correntistas. Apenas 1,76% têm direito a valores superiores a R$1 mil. Após quase um ano fora do ar, o SVR foi reaberto em março de 2023, registrando um aumento nos resgates, totalizando R$280 milhões somente neste mês.

Novidades importantes foram implementadas na atual fase do SVR, como a possibilidade de compartilhamento de informações via WhatsApp, inclusão de todos os tipos de valores previstos e uma sala de espera virtual para agilizar o processo de consulta. Além disso, também foram incluídas fontes de recursos esquecidos que não estavam nos lotes do ano passado, como contas de pagamento e contas de registro encerradas.

Destaca-se a importância de estar atento a possíveis golpes, uma vez que existem relatos de estelionatários se passando por intermediários de resgates de valores esquecidos. O Banco Central reforça que todos os serviços do SVR são gratuitos e que nenhum cidadão deve fornecer senhas ou confirmar dados pessoais a terceiros. A orientação é que apenas a instituição financeira responsável pelo valor esquecido entre em contato com o correntista.

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