Segundo a entidade, produtos como os derivados de leite e o arroz serão os mais afetados, devido à situação crítica que o estado se encontra. O arroz, em especial, é um produto de destaque na região, uma vez que o Rio Grande do Sul é o maior produtor do país. A safra já foi colhida em sua grande maioria, porém ainda há incerteza se os estoques foram atingidos ou se houve perda na parcela restante.
Além disso, a logística de transporte de arroz e de outras frutas tradicionais, como uva, pêssego e maçã, também está comprometida devido aos alagamentos e danos à infraestrutura. A Fecomercio ressalta que a criação de gado leiteiro também será afetada, com a perda de vacas devido às condições adversas e ingestão de água de qualidade duvidosa.
A entidade alerta para possíveis danos sistêmicos causados pelas chuvas, comparando a situação no estado do Rio Grande do Sul com a tragédia de Brumadinho, que teve um impacto negativo no PIB nacional. A Defesa Civil do Rio Grande do Sul já registrou 100 mortes devido às chuvas, que afetaram mais de 1,45 milhão de pessoas em 417 municípios, deixando 66,7 mil desabrigadas.
Com os danos causados pelas chuvas se acumulando, o estado enfrenta uma crise que vai além das questões de abastecimento de alimentos, podendo ter impactos significativos na economia local e, consequentemente, no cenário nacional. A situação requer atenção e medidas urgentes para ajudar a população a superar as adversidades e se recuperar dos prejuízos causados pela catástrofe natural.
