Em março, o Copom informou que os diretores do BC e o presidente Roberto Campos Neto tinham previsto, por unanimidade, um corte de 0,5 ponto percentual no encontro de maio. No entanto, as instabilidades no mercado financeiro global desde então reduziram a previsibilidade do encontro.
Durante a reunião do G20, o presidente do BC destacou que a decisão do Copom dependeria do nível de incerteza na economia global. Segundo o boletim Focus, a pesquisa semanal com analistas de mercado, a expectativa é de um corte de 0,25 ponto percentual, com a Selic podendo chegar a 9,63% ao ano até o final de 2024.
Desde agosto do ano passado, esta será a sétima redução na taxa básica de juros, marcando o fim do ciclo de aperto monetário adotado pela autoridade monetária. A decisão do Copom é aguardada com expectativa pelo mercado financeiro, que busca sinais de como a economia brasileira pode reagir diante do cenário internacional de instabilidades.
A inflação também é um fator relevante que o Copom considera em suas decisões. Com o IPCA-15 recuando para 0,21% em abril, dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, a perspectiva é de que a taxa de inflação se mantenha controlada. A taxa Selic é um instrumento fundamental do BC para garantir a estabilidade econômica e controlar a inflação.
A reunião do Copom é marcada por apresentações técnicas sobre a economia brasileira e mundial, bem como pelo comportamento do mercado financeiro. Os membros do comitê, formado pela diretoria do BC, analisarão as possibilidades e definirão a Selic, levando em consideração as projeções para a inflação e o crescimento econômico. O resultado da reunião será aguardado com atenção pelos investidores e analistas do mercado.