Além da pena de prisão, o veredicto inclui também chibatadas, multa e confisco de bens para o diretor. A sentença, que ainda não foi divulgada pelos meios de comunicação oficiais iranianos, impõe a Rasoulof uma série de punições severas.
O advogado Babak Paknia esclareceu que a condenação total foi de 8 anos de prisão, sendo 5 anos efetivos. O cineasta de 52 anos foi detido em julho de 2022 por apoiar os protestos que ocorreram no país após um desabamento que resultou em mais de 40 mortes.
Diante de toda essa situação, a participação de Rasoulof no Festival de Cannes, onde seu filme “The Seed of the Sacred Fig” foi selecionado para competir, está em xeque. Paknia relatou que membros da equipe de filmagem e atores do filme foram interrogados pelas autoridades iranianas, e que estão sofrendo pressões para retirar a obra do festival.
A liberdade artística tem sido cada vez mais cerceada no Irã, com outros casos de diretores e atores sendo penalizados por exibirem seus filmes sem autorização. A situação de Rasoulof coloca em evidência a luta contra a repressão cultural e a busca pela liberdade de expressão dentro do país.
O Irã, historicamente conhecido por sua rica cena cinematográfica, enfrenta agora um momento de intensa repressão que ameaça a qualidade e diversidade da produção artística loca. A condenação de Mohammad Rasoulof serve como um alerta para o mundo sobre a importância de proteger e valorizar a liberdade artística em todas as suas formas.
Finalizar com uma reflexão sobre a importância da liberdade artística e a resistência contra a opressão. Fazer um apelo pela liberdade de expressão e pela proteção dos direitos dos artistas em todo o mundo.
