Repórter Recife – PE – Brasil

Impacto das enchentes nas fábricas de autopeças de Porto Alegre gera preocupações no setor automotivo e ameaça produção de veículos

As fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos dias causaram impactos significativos na indústria de autopeças da região, de acordo com informações divulgadas pelo Sindipeças, entidade que representa o setor. A maior parte das fábricas afetadas está localizada na região de Porto Alegre, onde várias linhas de produção precisaram ser paralisadas devido às enchentes.

No entanto, em Gravataí, o cenário foi um pouco diferente. Apesar da decisão da General Motors (GM) de suspender a produção do modelo Onix como medida de segurança, a maioria dos fornecedores da região segue operando normalmente, conforme levantamento do Sindipeças. Em Caxias do Sul, onde também estão instaladas diversas fábricas de componentes automotivos, as operações não foram afetadas e continuam em pleno funcionamento.

Durante uma entrevista coletiva da Anfavea, associação que representa as montadoras, o presidente do Sindipeças, Claudio Sahad, destacou que, apesar das dificuldades logísticas causadas pelas chuvas, existem rotas alternativas que estão permitindo o funcionamento das fábricas em Gravataí. Sahad ainda enfatizou que acredita que qualquer falta de componentes para as montadoras será superada rapidamente, evitando paralisações prolongadas na produção.

Apesar da confiança do presidente do Sindipeças, o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, manifestou preocupação com a possibilidade de faltar peças, o que poderia resultar em paradas na produção. Além disso, Leite ressaltou os impactos negativos nas exportações e importações de peças devido às dificuldades na infraestrutura de portos e rodovias do estado.

A situação no Rio Grande do Sul também pode afetar o desempenho da indústria automotiva como um todo, considerando a importância do mercado gaúcho, que responde por uma parcela significativa das vendas de veículos no país. No momento, três montadoras já tiveram suas operações suspensas, sinalizando a gravidade da situação e a necessidade de soluções rápidas para minimizar os impactos causados pelas enchentes.

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