Os moradores locais estão protestando contra o projeto denominado “Echo Olón”, que ameaça um estuário do Pacífico declarado como área protegida pelo Ministério do Meio Ambiente em 2001. A vegetação da região é essencial para proteger a população das cheias, e os moradores denunciam que ela está sendo cortada para dar lugar às construções.
O presidente Daniel Noboa defende a inocência de sua esposa e acusa a oposição de iniciar uma campanha difamatória com o intuito de minar suas chances nas eleições presidenciais de 2025. Noboa assumiu o cargo em novembro e expressou seu desejo de buscar a reeleição, apesar das acusações que tem enfrentado.
A autorização para o projeto imobiliário foi concedida pelo Ministério do Meio Ambiente apenas duas semanas após a posse de Noboa. O local onde os quatro edifícios de apartamentos serão construídos pertencia anteriormente ao pai do presidente, o magnata da banana Álvaro Noboa, que perdeu cinco eleições presidenciais no passado.
Enquanto o caso continua sendo investigado pelo Ministério Público, a população equatoriana aguarda por respostas e transparência nas ações do governo em relação ao meio ambiente e ao desenvolvimento urbano. A controvérsia em torno desse projeto imobiliário levanta questionamentos sobre os interesses envolvidos e a proteção dos recursos naturais do Equador.