Durante a entrevista, Haddad afirmou que o principal tema a ser debatido será a desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia, juntamente com a redução da alíquota da contribuição previdenciária sobre a folha dos municípios com até 156 mil habitantes. O ministro enfatizou que a intenção do governo é realizar a reoneração de forma gradual, visando beneficiar a todos os envolvidos.
Ele ainda destacou que o governo tem buscado dialogar com os setores afetados desde a decisão liminar do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, que suspendeu a desoneração da folha. Haddad ressaltou a importância de chegar a um consenso com os setores envolvidos e afirmou que a reoneração é uma questão que se arrasta há mais de 10 anos, e que é necessário encontrar uma solução definitiva para o problema.
Além disso, o ministro mencionou que a reoneração está alinhada com a reforma tributária proposta pelo governo. Ele enfatizou a importância de ampliar a base de contribuição, para que todos os setores possam contribuir de forma equitativa, reduzindo o déficit da Previdência Social.
Outro ponto abordado por Haddad foi a situação do estado do Rio Grande do Sul, que sofre com fortes chuvas. O ministro anunciou que o governo irá apresentar medidas para socorrer o estado, incluindo a renegociação da dívida com a União e a criação de linhas de crédito subsidiadas. Ele afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem orientado para que todas as ações necessárias sejam tomadas para auxiliar o estado em meio à crise.
Por fim, Haddad comentou sobre a expectativa em relação à decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre a taxa básica de juros, a Selic. Ele destacou a importância de manter a trajetória de cortes na taxa de juros para continuar fortalecendo a economia do país. A nova taxa será anunciada ainda nesta quarta-feira, e o governo aguarda por uma redução que contribua para a estabilidade econômica.