Morte de Kim Ki Nam, ex-chefe de propaganda da Coreia do Norte, abala regime de culto à personalidade de Kim Jong Un.

Na última quarta-feira (8), a imprensa estatal da Coreia do Norte anunciou a triste notícia da morte de Kim Ki Nam, ex-chefe de propaganda do regime. Conhecido por ser considerado o mentor do culto à personalidade em torno da dinastia Kim, Kim Ki Nam faleceu aos 94 anos na terça-feira devido a uma disfunção de múltiplos órgãos, após estar hospitalizado desde 2022.

O líder atual do regime hermético, Kim Jong Un, foi visto em imagens divulgadas pela agência estatal KCNA prestando reverência diante do caixão do “veterano revolucionário”. Kim Ki Nam foi responsável por comandar o departamento de propaganda de Pyongyang por décadas, sendo fundamental na construção do culto à dinastia Kim.

Descrito pela imprensa estatal norte-coreana como um “veterano do nosso Partido e da revolução, um teórico de prestígio e um proeminente ativista político”, Kim Ki Nam deixou sua marca na história do regime. No final da década de 2010, suas funções como chefe de propaganda foram assumidas por Kim Yo Jong, a influente irmã do atual líder.

A dinastia Kim, estabelecida pelo líder comunista Kim Il Sung, governa a nação pobre e isolada da Coreia do Norte com mão de ferro há três gerações. Para Ahn Chan-il, um desertor que se tornou pesquisador no Instituto Mundial de Estudos Norte-Coreanos, Kim Ki Nam é equiparado a Paul Joseph Goebbels, o chefe da propaganda da Alemanha nazista, devido à sua importância na estratégia de propaganda do regime.

Assim, a morte de Kim Ki Nam marca o fim de uma era na história da Coreia do Norte e da dinastia Kim, deixando um legado que será lembrado por muitos anos.

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