MPPE convida sociedade de Petrolina para discutir encerramento das atividades do CRELPS em audiência pública marcada para 17 de maio de 2024

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) convocou a sociedade de Petrolina para uma audiência pública na próxima semana, no dia 17 de maio de 2024, às 8h, no auditório da Fundação Nilo Coelho, localizado na Rua Aristarco Lopes nº 330, Centro. O objetivo do encontro é discutir os desdobramentos do encerramento das atividades do Centro de Recuperação Evangélicos Livres para Servir (CRELPS) e a política antimanicomial na região.

A presidência da audiência será composta pelas Promotoras de Justiça Rosane Cavalcanti e Ana Paula Cardoso, que introduzirão o objeto e os motivos da reunião. Autoridades como o prefeito, Secretarias de Saúde, de Desenvolvimento Social, Vigilância Sanitária, Centros de Atenção Psicossocial, entre outros órgãos municipais e estaduais, foram convocadas para participar e debater sobre o tema em questão.

A audiência é um desdobramento da atuação do MPPE que começou em 2020, quando foi instaurado um procedimento investigatório sobre o CRELPS. Durante a investigação, foram identificadas diversas irregularidades na instituição, como internações involuntárias, convivência entre adolescentes e dependentes químicas, abusos físicos e psicológicos, entre outras violações.

Em setembro de 2023, o MPPE, em conjunto com a Polícia Civil, deflagrou uma operação para coibir crimes cometidos pelos responsáveis do CRELPS. Como resultado, a instituição foi interditada e um interventor foi nomeado para gerir o Centro. Posteriormente, a Vara da Fazenda de Petrolina decretou intervenção na entidade.

Em março deste ano, a 3ª Vara Criminal da Comarca de Petrolina acatou um pedido do MPPE para interromper descontos nos empréstimos realizados no CRELPS sem consentimento das internas. Todos esses acontecimentos levaram à necessidade de uma audiência pública para discutir o encerramento das atividades da instituição e a política antimanicomial na região.

A sociedade de Petrolina é convidada a participar e contribuir para as discussões que visam garantir o respeito aos direitos fundamentais das pessoas institucionalizadas e a promoção de políticas de saúde mental eficazes na região. É fundamental a presença e engajamento dos cidadãos nesse debate tão relevante para a comunidade local.

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