Em uma entrevista concedida ao canal Citizen TV, o coordenador residente da ONU no Quênia, Stephen Jackson, afirmou que a credita que, com a colaboração entre o governo, parceiros nacionais e internacionais, é possível conter a propagação da doença. Ele ressaltou que, apesar de terem conseguido controlar a cólera no passado, o surto atual é uma preocupação significativa.
A cólera é uma infecção intestinal aguda que se espalha por meio de alimentos e água contaminados, causando sintomas como diarreia intensa, vômitos e cãibras. Além dos casos de cólera, as inundações no Quênia resultaram na morte de 257 pessoas, conforme balanço oficial divulgado no mesmo dia.
A temporada de chuvas intensas na região do leste da África, amplificada este ano devido ao fenômeno climático El Niño, já deixou mais de 400 pessoas mortas. Segundo a diretora regional para o leste e o Chifre da África da Organização Mundial para as Migrações (OMM), Rana Jaber, as inundações sem precedentes evidenciaram as realidades das mudanças climáticas, causando perdas de vidas e deslocamento de comunidades.
O El Niño já provocou danos na região anteriormente, com fortes chuvas em 2023 resultando em mais de 300 mortes no Quênia, Somália e Etiópia, em um momento em que a região se recuperava da pior seca em quatro décadas. A situação atual reforça a necessidade de ações coordenadas e eficazes para lidar com desastres naturais e proteger as populações vulneráveis.