Segundo a mulher, que é familiar de um dos presos, a entrada de alimentos estaria sendo dificultada devido à presença de um vendedor interno na cadeia. Ela alega que os familiares não estão conseguindo levar comida e outros itens essenciais aos detentos devido a essa situação.
Em entrevista ao Farol de Notícias, a denunciante relatou: “A gente manda bolacha, sabonete, sabão em pó e eles não querem deixar entrar nada. Ontem disseram que não pode mais entrar comida em vasilha de plástico. Sendo que em todo canto de Pernambuco, presídio, comarca é permitido entrar com pote de plástico. Querem que entre isopor sendo que muitos não tem condições de comprar marmita de isopor para mandar as comidas”.
Para esclarecer a situação, a equipe do Farol de Notícias entrou em contato com Francisco de Assis Lopes Marcolino, supervisor da Cadeia Pública de Serra Talhada. O supervisor negou as acusações e destacou que a cantina presente na instituição é autorizada pela Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) para fornecer alimentos permitidos, materiais de uso pessoal e produtos de limpeza aos detentos.
De acordo com Marcolino, a renda obtida pela cantina é revertida para a manutenção e melhoria da unidade prisional, uma vez que as cadeias públicas não possuem recursos financeiros contínuos para esse fim. Além disso, a entrada de alimentos na cadeia segue as normas estabelecidas pela Portaria SERES nº 758, de 23 de dezembro de 2022.
Diante disso, a gestão da Cadeia Pública de Serra Talhada reforçou que os detentos têm direito a três refeições diárias e que as visitas aos presos ocorrem aos domingos, seguindo as diretrizes de segurança da unidade. A instituição se colocou à disposição da população e de instituições para esclarecer quaisquer dúvidas adicionais sobre o funcionamento da cadeia.